Palavra de Alerta para Pastores em nossa geração!

Zombando do dinheiro Sagrado

Ontem, domingo, 9 de novembro de 2008, foi uma grande data para nossa querida Igreja Canaã.
Foi o encerramento de mais um Congresso de Jovens, iniciado na sexta-feira. Plenamente coroado de êxito, ou seja, aprovado pelo Senhor.
Quando a liderança do Congresso - e da Juventude, prestou contas de seu trabalho, atinente à preparação e realização do evento, informou que desistiu de convidar cantores para o Congresso, porque lhe foi exigido entre 7 e 20 mil reais. E nós não dispomos desse capital.
Pus-me a pensar em uma pessoa participando de um Congresso de Jovens com 4 oportunidades para cantar e recebendo 10 mil reais. A conta é bem simples: dois mil e quinhentos reais para cantar um hino, o que leva entre 3 a 6 minutos.
A mim me parece que alguma coisa não vai bem, diante de tal supervalorização. E isso não tem nada que ver a crise global que começou em setembro. Vem de bem antes.
Ou a profissão de cantor está beirando a de jogador de futebol ou os pastores e líderes perderam a noção do significado do dinheiro do povo de Deus.
20 mil reais para (e por) uma exibição num show mundano tem lá o seu significado. Mas, é correto que ele sirva de parâmetro para a Casa de Deus?
Vejo uma grande revolução em andamento: a comercialização agressiva do sagrado. A profanação absurda do celestial. A deterioração do divino.
Aonde vamos parar?
Meses atrás preguei em uma Igreja por 3 noites.
Como de todos é sabido, utilizo o púlpito entre hora e meia e duas horas, cada vez que prego.
Claro que não preguei mensagens que o povo pediu.
Claro que não preguei com play-back.
Claro que não preguei mensagens repetidas pela centésima vez.
Claro que o esforço foi infinitamente diferente da distinta que esteve no mesmo evento e cantou 6 hinos: dois em cada noite. Mas, na verdade, foram apenas 3 porque em cada noite ela cantava um que era sempre o mesmo.
Ao terminar o Congresso, recebi uma oferta de amor de dois mil reais e a pop-star gospel recebeu seis mil reais de cachê.
Não admira os carros importados e as mansões de luxo que esses astros e estrelas exibem e desfrutam.
Sinto-me mais particularmente impressionado com os casos em que esses cachês são retirados do Tesouro da Casa de Deus, ou seja, dos dízimos sagrados que representam, também, a fidelidade de milhares de crentes que ganham salários minguados.
Parece que existe alguma coisa estranha no ar. Aliás, nos templos sagrados.
Outro dia um pastor contou-me um caso estranho. Um diácono foi à tesouraria de uma igreja buscar a cota semanal da ração dos animais do líder, que lhe foi prontamente entregue. Era algo que passava de um mil e oitocentos reais.
Cinco minutos depois, um irmãozinho pálido e triste procurou a mesma pessoa na tesouraria para pedir cinco reais para completar o pagamento da luz, a fim de que não lhe cortassem a energia de casa. A resposta foi taxativa, imediata e áspera: NÃO TEMOS.
Esse não temos foi ouvido lá em cima, onde habita o Justo Juiz. O mesmo Juiz Justo que está contemplando, irado, a malversação do dinheiro sagrado, que se doa prodigamente para os famosos.
Voltando ao caso que mencionei acima, acrescento que a mesma levita vendeu 11 mil reais de cds com música gospel, depois de palavras agitadoras dirigidas para o seu fã-clube.
Essa situação é praticamente irreversível, porque as únicas pessoas que poderiam frear esse carnaval monetário seriam os pastores. Mas, como? se são eles que alimentam os atores e atrizes desse espetáculo de gastança?
Não faz muito, em uma igreja por aí foi sugerido o nome de uma pessoa para ministrar a Palavra de Deus em um Congresso e o líder da paróquia recusou-se a referendar o seu nome, por uma razão pateticamente importante: Não chamem esse não, que não dá IBOPE. E se trata de uma pessoa de jejum e oração. Mas que fala para pessoas e não para galeras.
Outro dia eu estive pregando em um outro Congresso, que recebeu uma boa verba do Poder Público Municipal, suficiente para todos os gastos.
Alguma coisa aconteceu no meio dos que administravam a verba para o Congresso, que o dinheiro sumiu. Quando fui pregar, me pediram encarecidamente que recolhesse uma oferta, para poderem cobrir os gastos do final do abençoado Congresso.
Faz pouquinho tempo cheguei em um aeroporto e os que me foram apanhar estavam indignados porque o notável orador que havia sido convidado, recebera o dinheiro de duas passagens, para si e sua esposa, e... decidiu ir ministrar unção em outro lugar, que também lhe pagara a passagem.
Desde que os pastores deixaram de fazer estudos bíblicos nas reuniões convencionais e os substituiram por reformas intermináveis de estatutos e eleições presidenciais, que nunca mais se ouviu falar de Tribunal de Cristo, um certo acontecimento anunciado na Bíblia para prestação de contas dos nossos atos aqui na Terra. O assunto agora é: votem em fulano e nunca em sicrano.! Por haverem vivido noutro tempo, Pedro e Paulo escaparam disto.
A mim pouco me importa se houver reações intempestivas a estas linhas que escrevo. Por exemplo, uma pessoa que poderia me contestar seria um daqueles pastores que neste ano de 2008 me convidaram para pregar em suas igrejas e na hora de eu ir para o aeroporto, não apareceu ninguém. Tive que pagar a conta do hotel e o táxi do aeroporto. Quanto aos levitas, o tratamento foi VIP.
Já fiz referência neste blog a pessoas e igrejas que são generosas e amáveis e sabem tratar bem os profetas de Deus.
Hoje, porém, estou me voltando contra os perdulários, os gastadores do dinheiro sagrado, esses que estão fazendo as fortunas dos já ricos com o dinheiro dos extremamente pobres.
Termino dizendo que muitas vezes alguns profissionais do cântico (jamais do louvor) são arrogantes, abusados e imponentes e nada mais lhes interessa senão o vil metal, por sinal sempre pago com muita antecedência.
Um desses peraltas, há não muito tempo, conversava com um parceiro num hotel, quando foi ouvido por um piedoso homem de Deus, que estava por trás da coluna. Ele disse literalmente: estou indo outra vez arrancar o dinheiro daqueles trouxas.
Vale lembrar que esse personagem estava indo para um Congresso de Poder e Renovação. E quando lá chegou, anunciou: "quanto eu cantar esse louvor, o fogo vai cair".
E muita gente insiste em chamar a essas coisas todas de O GRANDE AVIVAMENTO BRASILEIRO.
Creio firmemente na Onisciência do Senhor. Ou seja, creio que Ele conhece o passado, o presente e o futuro.
Creio sinceramente que Ele estava anteolhando esses tristes fatos e realidades, quando declarou: "vomitar-te-ei da minha boca".
No entanto, olho para Ele e vejo que também é ONIPOTENTE. Por isso digo: Ainda resta uma esperança!Não fique neutro. Deixe algum comentário após ler estas linhas. Vamos ver se apenas eu estou contemplando este quadro desolador. Chamar essas coisas todas de avivamento precisa ser revisto.

GNG

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